Grandes amigos que gostam de provar, mas sobretudo de beber vinho todos juntos. Como a vida os afastou (geograficamente), o vinho acabou por os juntar. E o vinho, torna-se sempre melhor quando é partilhado!
Um ano agrícola atípico, comparativamente aos últimos 6 anos. Uma primavera antecipada, com falta de precipitação nos 3 primeiros meses do ano, a seguir aos quais o clima se apresentou “tropical”, com temperaturas diurnas e noturnas acima da média para a época, com os finais de tarde sempre acompanhados de trovoadas, muita chuva e em algumas situações até granizo. As chuvas em plena floração acompanhadas pelos ataques de míldio tardio não abonaram a favor da boa nascença de cachos que se vislumbrava em abril. A região sofreu ainda, durante o mês de agosto, dias de calor muito intenso que provocaram escaldão nas uvas expostas a sul/poente. A Quinta Nova, com o seu microclima e terroir especial conseguiu manter a produção e alcançar uma vindima em quantidade equivalente ao ano de 2017. (quintanova.com)
Prova:
De cor rubi muito atrativa, nariz com excelente notas de fruta vermelha viva e preta juntamente com belas notas florais. Na boca, o vinho surge amplo, guloso com a fruta vermelha e preta a encher o palato. A acidez surge equilibrada bem como os taninos que estão bem domados mas conseguem dizer que estão no conjunto para melhor o seu todo. O vinho não tem madeira e isso traz algo de fresco, agradável mas ao mesmo tempo remete também para notas de fruta doce, ligeiras compotas envoltas em notas vegetais mais secas. Termina de forma persistente, o vinho que é sem dúvida um caso de sucesso na equipa EdB.
Classificação: 17/20
Preço: 8,49€ (Loja da Quinta da Taboadella)
Observações: Vivino: n/d; PaixãopeloVinho: n/d; Revista de Vinhos: n/d; Grandes Escolhas: n/d;
As vinhas da Campolargo agrupam-se em duas propriedades: Quinta de S. Mateus, 110ha. na freguesia de S. Lourenço do Bairro e Quinta de Vale de Azar, 60ha. na freguesia de Arcos. Nesta última os terrenos são, predominantemente, argilo-arenosos, com pequenas zonas de calcário. Na chamada parte velha de S. Mateus são maioritários os brancos: Verdelho, Sauvignon Blanc, Bical (dos quais se faz uma das versões do espumante Campolargo) e ainda Viognier. O Pinot Noir usado para fazer em branco e rosé também aí está plantado. (campolargo.pt)
Após decantação, fermentação em cuba com temperatura controlada. Pequena parte fermentada em barrica. Estágio sobre borras finas até 6 meses. (cavelusa.pt)
Prova:
De bela cor amarelo, o vinho começa logo muito bem, no nariz as notas florais são as primeiras a surgir, seguidas de toques de fruta branca e leves citrinos, tipo casca de limão. Na boca, a acidez em média/baixa quantidade, com um equilibrio entre a fruta e as notas mais florais. Corpo e volume muito agradável de intensidade média/baixa e com a mineralidade a surgir mais no final de boca. O vinho termina ligeiramente persistente, mostrando que é um bom branco.
Classificação: 16/20
Preço: 8.76€ (Cave Lusa)
Observações: Vivino: n/d; PaixãopeloVinho: n/d; Revista de Vinhos:17/20; Grandes Escolhas: n/d; imagem da garrafa - cavelusa.pt
A primavera antecipou-se para os meses de janeiro e fevereiro. Foi acertada, a opção da equipa técnica de atrasar o ciclo, podando em Março, evitando assim perdas de produção face às geadas tardias de abril que se verificaram na região demarcada do Dão. Durante o período primaveril verificaram-se precipitações acima do normal que se revelaram bastante positivas na reposição dos níveis hídricos desejados no solo e para o perfeito desenvolvimento do restante ciclo vegetativo. O Verão foi quente, antecipando a vindima. Maturações equilibradas, mostos muito concentrados. Esta vindima mostrou-se generosa em quantidade e qualidade da uva. A vindima foi efectuada com 100% uva inteira, com fermentação e estágio em cuba inox a baixa temperatura. Engarrafamento decorreu em Janeiro 2021. (taboadella.com)
Prova:
Depois de ter sido provado a colheita de 2018, a primeira deste vinho de entrada de gama, a colheita de 2020, surge mais aromática e com bom equilibrio entre fruta, acidez e mineralidade. De cor amarelo muito claro, nariz com boas notas de fruta branca e leves toques de citrinos e acompanhar um agradável floral. Na boca acidez em média quantidade e equilibrada, com a fruta branca e tropical, como os pessegos, papaia e ligeiro ananas, conjuntamente com a mineralidade da região e as notas floral da casta Bical. O vinho termina de forma média com a mineralidade a permanecer no palato. Bom vinho branco do Dão, com um blend que espelha bem o terroir da sub-região de Castendo.
Classificação: 17,5/20
Preço: 8,49€ (Loja da Quinta da Taboadella)
Observações: Vivino: 4.0/5/d; PaixãopeloVinho: 17/20; Revista de Vinhos: n/d; Grandes Escolhas: n/d;
Enólogos: Jorge Serôdio Borges, Francisco Olazabal, Jorge Rosa Santos
Sobre o Vinho...
Este projecto nasce da vontade três enólogos, Jorge Moreira, Francisco Olazabal e Jorge Serôdio Borges, fazerem um vinho em conjunto. A região escolhida foi o Dão, uma região pela qual temos uma admiração comum que nasceu na prova de vinhos mais velhos, das décadas de 60 e 70 que nos surpreendem pela sua elegância e frescura. A identidade e complexidade destes vinhos é de facto notável e servem como elemento de inspiração para criarmos os nossos MOB, quer sejam brancos ou tintos. As vinhas, num total de quinze hectares, dez localizadas em Seia e cinco em Gouveia compostos por vinhas velhas, situam-se num dos locais mais frios da região, no sopé da Serra da Estrela, a conjunção de altitude, solos e as variedades de uvas da propriedade nos convenceram de que seria o lugar certo para seguir em frente. (decante-vinhos.pt)
Prova:
De cor salmão claro, nariz com boa fruta branca e notas suaves de fruta vermelha com toques florais. Na boca, acidez muito agradável em média quantidade, com a fruta branca a permanecer no palato juntamente com as notas mais florais. De corpo e volume em média quantidade e as notas mais minerais surgem e elevam a frescura do vinho. Este rosé termina em média quantidade e apesar de rosé, remete mais para um branco mineral, tipo um blanc de noir. Boa surpresa e bom vinho.
Classificação: 17/20
Preço: € (Cave Lusa)
Observações: Vivino: n/d; PaixãopeloVinho: n/d; Revista de Vinhos: n/d; Grandes Escolhas: n/d;
Por ora, a sua zona de influência restringe-se ao Dão, apresentando-se como um dos valores seguros da enologia portuguesa, uma das raras castas brancas de qualidade irrepreensível.É uma casta produtiva, sem contrariedades de monta, perfeita para a composição de vinhos estremes ou, em alternativa, para abrilhantar muitos dos lotes do Dão. Quando bem trabalhada na vinha e adega, apresenta aromas delicados a rosas e violetas, leves notas citrinas, um pouco de resina, e, em determinadas condições, notas minerais intensas. Entre as suas maiores virtudes inclui-se uma capacidade única para manter um equilíbrio quase perfeito entre açúcar e acidez, proporcionando vinhos sérios e estruturados, untuosos e com uma extraordinária capacidade de guarda. (vinha.pt)
Prova:
Já provado o ano de 2013, este branco surge de cor amarelo claro, nariz com fruta citrica e toques mais verdes. Na boca, a fruta diminui ligeiramente, dando espaço ao lado mais vegetal e mineral. Acidez média, corpo e volume de boa intensidade, surge a espaços algumas notas mais resinosas, a lembrar a madeira de pinheiro bravo. Termina com final curto, mas mantem o perfil da casa, sendo um belo vinho gastronómico.
Classificação: 15/20
Preço: 6,59€ ()
Observações: Vivino: n/d; PaixãopeloVinho: n/d; Revista de Vinhos: n/d; Grandes Escolhas: n/d;
O Aveleda Loureiro & Alvarinho é um blend produzido com as castas rainhas da Região dos Vinhos Verdes, o Loureiro e o Alvarinho. A vindima é noturna para garantir a frescura das uvas e consequente preservação das suas propriedades aromáticas. Ao chegarem ao centro de vinificação, estas são submetidas a uma prensagem suave a baixas pressões. A fermentação alcoólica acontece em cubas de inox a temperaturas controladas para manter os aromas mais típicos das castas. Durante a fermentação as borras são mantidas em suspensão para preservar a frescura do vinho.
Prova:
De cor amarelo muito clara, nariz muito fresco e elegante, notas citricas e florais. Na boca, acidez média/alta, de intensidade média e corpo leve. As notas citricas e verdes continuam a povoar o palato, mas o conjunto está muito elegante e equilibrado. Nota-se a Loureiro no conjunto e a estrutura do vinho está muito agradável. Termina de forma pouco persistente, num verde leve, elegante que se enquadra muito bem nestes dias de calor.
Classificação: 15.5/20
Preço: 3.99€ (promoção PD)
Observações: Vivino: 3.7/5; PaixãopeloVinho: n/d; Revista de Vinhos: n/d; Grandes Escolhas: n/d;
Fundada em 1942 por Fernando Van Zeller Guedes, a Sogrape Vinhos nasceu da ambição de fazer diferente e do caráter visionário do seu fundador, resultando na criação do icónico Mateus Rosé, ainda hoje uma das marcas de vinho mais admiradas em todo o mundo. Atualmente gerida pela terceira geração da família fundadora, a empresa possui mais de 750 hectares de vinha nas principais regiões vitivinícolas portuguesas e é responsável pela produção de marcas tão reconhecidas como Mateus Rosé, Gazela, Casa ferreirinha e Sandeman. Exporta os seus vinhos para mais de 70 países e integra o grupo empresarial Sogrape, um dos mais relevantes do setor na Península Ibérica, presente em cinco origens de vários continentes e com seis operações de distribuição em mercados estratégicos.(continente.pt)
Prova:
De bela cor rosa pálida, nariz com muitas notas de fruta vermelha e toques mais silvestres. Na boca, leve, equilibrado e muito elegante. Acidez média, mas com a fruta sempre a acompanhar na mesma intensidade. Sente-se alguns toques florais, mas o conjunto está muito interessante, porque é um rosé perfeito para refeições leves ou apenas para saborear sozinho. Termina de forma pouco persistente, mas não reduz em nada as suas boas características.
Classificação: 16/20
Preço: 6,45€ (promoção PD)
Observações: Vivino: n/d; PaixãopeloVinho: n/d; Revista de Vinhos: n/d; Grandes Escolhas: n/d;
A Casa Ermelinda Freitas dedica-se à produção de vinho desde 1920. Os 550 hectares de vinhas estão situados em Fernando Pó, uma zona privilegiada da região de Palmela, com 60% de Castelão, 20% de variedades tintas (como Touriga Nacional, Trincadeira, Syrah, Aragonês, Alicante Bouschet, Touriga Franca, Merlot, Petit Verdot, Pinot Noir, Petite Sirah, Carmenere ou Moscatel Roxo) e 20% de uvas brancas (como Fernão Pires, Chardonnay, Artinto, Verdelha, Sauvugnon Blanc, Moscatel de Setúbal, Viosinho, Encruzado, Alvarinho, Pinot Grigio, Viognier, Vermentino e Gewürztraminer), perfazendo um total de 30 castas diferentes, que são exploradas anualmente na Casa Ermelinda Freitas.
Nota: Branco aparentemente exclusivo da Jeronimo Martins, visto ter sido adquirido numa superficie do grupo e não está no site da Casa Ermelinda de Freitas.
Prova:
De cor amarelo claro, nariz logo com notas doces, com fruta madura e toques mais florais. Na boca, acidez abre média/baixa, e mantém-se sempre com um perfil mais modesto. De corpo médio e com boa intensidade, as notas de fruta madura tropical levam-nos sempre para as notas mais adocicadas. Toques de madeira, como a baunilha também surge, o que transmite alguma complexidade ao conjunto. Termina de forma média/pouco persistente, num branco interessante com perfil diferente dos brancos jovens e frescos.
Classificação: 16/20
Preço: 3.99€ (promoção PD)
Observações: Vivino: n/d; PaixãopeloVinho: 17/20; Revista de Vinhos: n/d; Grandes Escolhas: n/d;
Mosaicos romanos, uma forma nobre de arte antiga que deixa ainda os seus vestígios em terras Algarvias. A marca Villa Alvor apresenta-lhe uma gama de 3 vinhos que honram a herança cultural do povo que introduziu a cultura da vinha no Algarve, os Romanos, e que leva até si a expressão mais autêntica dessas raízes. Um Vinho Branco, um Vinho Tinto e um Vinho Rosé que personificam a originalidade do terroir Algarvio. Saboreie, sob a forma do Vinho do Algarve, a essência da Região.
Um projeto focado na qualidade e na projeção do terroir e tradição vínica Algarvia com duas áreas de ação: produção de Vinho do Algarve (Vinhos Rosé, Vinhos Brancos e Vinhos Tintos) e Enoturismo. O berço desta visão é Villa Alvor, uma propriedade com 80 hectares que compreende vinhas, adega, espaços de enoturismo e paisagismo (fauna e flora local), antes conhecida como Quinta do Morgado da Torre. As vinhas encontram-se plantadas em solos argilo-calcários à semelhança dos grandes terroirs da Borgonha e de Provence. Aninhada entre a Ria de Alvor e a Serra de Monchique, Villa Alvor possui todas as características dos famosos domaines de Provence: solos equilibrados e um microclima mais fresco e protegido do calor abrasador de um clima mediterrânico moderadamente quente. (villalvor.pt)
Prova:
De cor rosa muito viva, nariz floral com notas de fruta silvestre. Na boca, acidez muito equilibrada, em média/baixa quantidade, de corpo leve com a fruta vermelha e silvestre a permanecer. Além da fruta surge a espaços as notas mais florais que acrescentam alguma complexidade. O vinho termina de forma leve e pouco persistente. O vinho algarvio está interessante e feito de forma a não desagradar.
Classificação: 15/20
Preço: ?€ (promoção Aveleda)
Observações: Vivino: 3.7/5; PaixãopeloVinho: n/d; Revista de Vinhos: n/d; Grandes Escolhas: n/d;
Era uma vez uma quinta, localizada em plena Floresta Laurissilva, património mundial, e que tinha lá plantada uma vinha abandonada com 22 anos em relação à qual os novos proprietários não sabiam bem o que fazer. De conversa em conversa, e tendo presente que queriam fazer do espaço um local privilegiado de agro-turismo, decidiram pedir ajuda e apoio para a recuperar. E em 2016 decidiram agarrar a vinha e produzir um vinho: “a nossa ideia era produzir algumas garrafas de vinho para vender no projeto turístico”. Contrataram ajuda profissional, recuperaram a vinha e introduziram um conjunto de atividades “tendencialmemte biológicas” e com respeito pelo meio ambiente. O que é que isso significa? Basicamente “não deitamos remédios nem herbicidas” e “o terreno está ¾ do ano em biológico e entre abril e agosto é que há um conjunto de tratamentos com produtos fitossanitários”. Daqui resulta que sejam “o primeiro produtor com as vinhas licenciadas em produção integrada”. Tecnicamente um produto da casta Arnsburger através de um cruzamento com origem na casta Riesling. Para leigos, a casta alemã Arnsburger é muito semelhante aos ditos Rieslings, castas da Alsácia francesa de onde resultam vinhos muito aromáticos – e já bem conhecidos mundo fora. (terrabonawine.com)
Prova:
De cor amarelo claro com toque mais verdes. No nariz o vinho surge algo discreto, pouco expressivo, com notas suaves de citrinos e notas vegetais. Na boca, surge com uma acidez viva, média/alta quantidade que transmite uma boa intensidade ao vinho. As notas vegetais dão lugar às notas minerais a lembrar o basalto, tão caraterístico da "nossa" Ilha da Madeira. Este varietal termina de forma pouco persistente. Com a mineralidade e a acidez a dar forma este branco foi uma surpresa!
Classificação: 15.5/20
Preço: 12€ (preço médio)
Observações: Vivino: n/d; PaixãopeloVinho: n/d; Revista de Vinhos: n/d; Grandes Escolhas: n/d;
