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elixirdebaco

Grandes amigos que gostam de provar, mas sobretudo de beber vinho todos juntos. Como a vida os afastou (geograficamente), o vinho acabou por os juntar. E o vinho, torna-se sempre melhor quando é partilhado!

Prova Cabernet Sauvignon

21.04.07 | Rui Sousa
Decidimos provar três exemplares desta famosa casta. Cabernet Sauvignon é a casta mais internacional de todas, a mais famosa e se calhar a mais polivalente, com uma capacidade de adaptação deveras notável. Em portugal, já existe produtores que apostam forte no Cabernet, principalmente no sul do país. Na bairrada está a surgir com bons resultados (ex: Campolargo). A revista dos vinhos na sua última edição tem um artigo sobre os Cabernet e Merlot portugueses, bem interessante por sinal.
Quanto a casta de origem francesa, surge na região de Médoc, muitas vezes associada a amiga Merlot, mas é nesta região onde surge bons varietais.
É uma casta com uma excelente adaptação a várias condições climáticas e de "terroir". Além desta capacidade nómada, o cabernet consegue ser também muito resistente aos ataques fúngicas e a podridão, tendo uma maturação lenta. A sua complexidade aromática e gustativa (bom volume e corpo), é favorecido por macerações pós-fermentativas, tem uma boa longevidade e com aptidão para a maturação na madeira.
Apresenta no entanto um desequilíbio de vigor vegetativo / produção excessiva / maturação incompleta poderão levar ao surgimento de altos teores de pirazinas, que são os responsáveis pelos aromas de pimentos verdes e vegetais, tão comuns nestes varietais.
(fonte: revista dos vinhos, nº 208)

Perante esta pequena explicação sobre o Cabernet Sauvignon vamos passar os exemplares escolhidos (infelizmente as opções não eram muitas!!):
Da Argentina recebemos o Finca Flichman 2005;
Do Chile chegou o Los Vascos - Domaine Barons de Rothschild (lafite) 2003
De Portugal, o famoso Quinta da Bacalhôa 2003.
Se são bons exemplares ou os melhores, não sei, mas o objectivo não era provar os melhores cabernet do mundo, mas ver e sentir as diferenças de uns para os outros consoante a região.

FINCA FLICHMAN 2005
Vindo da região de Mendoza, estagiou três meses em barricas de carvalho e mais um tempo em garrafa. Com 13,5 % é um tinto de média intensidade, visto ter um corpo médio, com os aromas vegetais a se notarem logo de inicio. A madeira está presente mas em segundo plano. Na boca comanda a parte vegetal, com os pimentos verdes presentes. De curta e taninosa persistência. 14,5 val

QUINTA DA BACALHÔA 2003
O Setubalense e conhecido tinto estagiou durante 11 meses em barricas de carvalho francês. Com os mesmos 13,5% este varietal português, apresenta-se com uma cor rubi, e no nariz fica desde o ínicio a fruta silvestre, a madeira e toques vegetais. Com um corpo cativante, é um tinto que nos retêm na prova, é diferente, pode não ser de consensual mas é um bom varietal, pois na boca os taninos são aveludados, não agressivos e demasiados vegetais, como o parente argentino. um final agradável e de média persistência. 16 Val

LOS VASCOS 2003
Produzido por Domaines Barons de Rothschild em Peralillo, província de Colchagua. Los Vascos possui uma das vinhas mais antigas do Chile. Adequirida por Domaines Barons de Rothschild em 1988, que iniciou um programa de modernização e ampliação das vinhas, cerca de 500 ha.Com os aromas característicos da casta, fruta silvestre e toques vegetais este tinto, surge-nos mais fechado do que os outros. Com o tempo surgem os pimentos, a cereja e até toques citrinos! (não se é normal, mas foi sentido por vários!) A sua suavidade e frescura é evidente na boca onde os taninos são os menos vigorosos, mas agradáveis. A fruta surge na boca e a parte vegetal também a espaços. Persistência curta/média. 15 Val

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